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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Limpar a tela do seu smartphone é questão de segurança!

Estudo americano analisou as marcas de toque em telas de smartphones e concluiu que elas podem ser usadas para roubo de senhas.

A pele de uma pessoa secreta pequenas quantidades de uma substância oleosa que ajuda a proteger a superfície contra invasores do corpo, como vírus e bactérias. Segundo um grupo de pesquisadores do departamento de Ciências da Informação e Computação da Universidade de Pensilvânia, EUA, é possível – entretanto – que essa mesma substância facilite a vida de invasores de outro tipo.

O acúmulo da oleosidade natural da pele na tela sensível a toques de um smartphone pode ser utilizado por pessoas mal-intencionadas  como forma de descobrir a senha utilizada por cada usuário.  Com isso, ao pegar o smartphone – em uma mesa de restaurante, ou outra situação semelhante – o atacante  teria acesso às informações contidas no aparelho facilmente.

Trabalho digno de CSI

Password Pattern no AndroidAnalisando o sistema de segurança de smartphones Android conhecido como “Password Pattern” (senha por padrão), a equipe descobriu que na grande maioria dos casos – mesmo em condições longe das ideais – é possível descobrir partes, ou mesmo o todo, da forma utilizada como chave para a informação contida no aparelho.

O “Password Pattern” funciona a partir de uma grade 3 x 3, em que o usuário deve percorrer os pontos da tela com o dedo, ligando-os pelo caminho. O formato do traçado do “Password Pattern” é criado pelo próprio usuário, quando ativa esse sistema em seu smartphone.

É o rastro oleoso que a pessoa deixa na tela ao ativar esse padrão que o grupo de pesquisadores americanos resolveu investigar. Além de testes brutos – com o telefone em mãos – simulações de observação à distância também foram realizadas, com uma margem de sucesso levemente inferior, mas ainda assim preocupante.

Fotografia a serviço da segurança

Para realizar a análise, os pesquisadores utilizaram câmeras e iluminação especial em diversos posicionamentos, de forma a detectar as situações em que seria mais fácil descobrir o caminho dos dedos do usuário.

Câmeras fotográficas e fontes de iluminação foram utilizadas para obter diversas visualizações dos telefones utilizados na pesquisa, posicionadas em diferentes ângulos. Dessa forma, a equipe de pesquisadores conseguiu simular uma grande variedade de situações cotidianas em que alguém poderia tentar descobrir a senha do seu smartphone.

Esquemas de iluminação utilizados pelos pesquisadores

Para obter dados mais confiáveis, vários experimentos foram feitos, variando a forma de utilização do aparelho. Cada situação descrevia um momento normal do usuário de um smartphone, como o instante após uma ligação, ou depois de tirar o aparelho do bolso para desempenhar alguma tarefa.

Os resultados da pesquisa – ainda que limitados a usuários do Android que se servem do “Password Pattern” –indicam que é muito mais fácil do que se imagina obter a senha desse sistema através de fotografias ou vídeo. Em muitos casos, nem mesmo a alteração digital da imagem foi necessária para descobrir a direção dos dedos na grade de segurança.

Telefones usados na pesquisa, com rastros na tela. Imagem tratada digitalmente. Telefone usado na pesquisa com rastros na tela. Imagem não tratada.

Segundo os pesquisadores, apesar de ser relativamente fácil obter uma dessas senhas, o maior problema de um ataque desse tipo é a necessidade de ter contato direto com o aparelho para ter resultados concretos, de forma que precauções comuns podem impedir grandes perdas. Ainda assim, eles recomendam a melhoria do sistema de proteção do aparelho.

Como se proteger

Além do óbvio “não perca seu smartphone”, usuários de aparelhos Android que utilizam o “Password Pattern” podem também tentar limpar a tela dos telefones após a liberação do touchscreen.
As dicas a seguir, na verdade, servem também para donos de outros aparelhos touchscreen que desejem se livrar das manchas oleosas da tela.

Barra limpa

Esfregar o telefone na camiseta não é eficiente como medida de segurança e ainda pode riscar a tela. Além disso, vários outros produtos – desde papéis para limpeza de lentes até a flanela comumente utilizada para limpar o para-brisa  de automóveis – são muito mais indicados para esse tipo de serviço.

Se a limpeza for feita com frequência, o acúmulo da oleosidade da pele não chega a ser significativo, dispensando a utilização de líquidos removedores e similares. A maioria dos fabricantes recomenda tal modo de operação, inclusive.

Flanelinhas  e panos específicos para a limpeza e telas são ideaisPara casos mais graves, entretanto, é possível utilizar uma mistura meio- a- meio de água e álcool isopropílico, muito utilizado na limpeza de monitores LCD.

É importante lembrar que não se deve, nunca, espirrar ou derramar líquidos diretamente sobre a tela do smartphone. Qualquer substância mais fluida pode escorrer pelas bordas da tela e danificar os circuitos internos do aparelho.

Assim, para evitar problemas mais sérios com o equipamento, deve-se umedecer levemente o mesmo pano que pode ser utilizado para a limpeza a seco, e só então aplicar o produto. Depois disso, um segundo pano igual deve ser utilizado para secar a superfície, evitando assim manchas químicas.

Alternativas fáceis e econômicas

Produtos específicos para esse tipo de limpeza podem ser carosProdutos específicos para a limpeza de telas sensíveis são relativamente caros quando comparados a algumas opções semelhantes e caseiras. Apesar de – na maioria das vezes – essas opções econômicas funcionarem bem, o Baixaki não se responsabiliza caso alguém tenha problemas limpando seu smartphone de alguma forma diferente da recomendada pelos fabricantes.

Limpa-vidros e soluções para limpeza de óculos e lentes fotográficas são apenas algumas das substâncias utilizadas de maneira improvisada para a remoção de resíduos oleosos em telas sensíveis.

Mesmo que os produtos sejam eficazes, os cuidados necessários com a utilização deles devem ser rigorosos, já que as fórmulas podem ser ainda mais prejudiciais à eletrônica do que a combinação de água e álcool mais recomendada.
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Mesmo que a pesquisa dos americanos tenha mostrado certa vulnerabilidade nos telefones Android, os estudos sobre a segurança de interfaces por toque ainda são poucos e rasos. A equipe responsável pelos resultados comentados neste artigo, inclusive, já está se preparando para estudos mais aprofundados e que também incluam outras plataformas.

Fica o alerta, portanto, para todo usuário de telefones touchscreen. Cuidados com seu aparelho – além de garantir a durabilidade do dispositivo – permitem mais segurança em qualquer situação. Afinal de contas, a tecnologia não deve se tornar uma fonte de problemas, mas sim uma solução, não é mesmo?









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