English French German Spain Italian Japanese

domingo, 22 de maio de 2011

Review: testamos "Gran Turismo 5", que chega ao Brasil no dia 7

Game de corrida para PS3 já teve seu lançamento adiado algumas vezes. A jogabilidade é ótima, mas ainda há algumas falhas

Eu sou um grande fã da série de corrida “Gran Turismo” desde sua estreia em 1997. Lembro de ter ficado impressionado na primeira vez em que vi o jogo original. Ele estava muito à frente de outros games do gênero na época. Cheguei até a comprar um PlayStation japonês para não ter de esperar o lançamento no mercado norte-americano, que levaria ainda mais seis meses.

Desde então, tenho jogado todos os games da série, até mesmo os títulos “Concept”, com o mesmo nível de entusiasmo e expectativa. Por isso, fiquei muito animado ao receber o aguardado “Gran Turismo 5” na última semana. Minha agenda já estava até livre, pois havia esperado muito por esse momento.

E então como foi?

Bem, fiquei impressionado com “GT5” de uma forma como nunca fiquei com outro jogo. Por um lado, é um título magnífico com uma fantástica experiência de corrida. Mas, apesar disso, o novo game também possui alguns pontos negativos. Quanto mais o jogo, mais percebo suas falhas – algumas delas bastante notáveis.

Mas primeiro vamos falar sobre as coisas boas de “Gran Turismo 5”.

Acima de tudo, “GT5” é sem dúvida a experiência de corrida para consoles mais complexa e completa do mercado. O jogo traz mais de mil carros reais, além de uma grande lista de pistas existentes na vida real e muitas opções de corridas. Sendo que essas últimas variam entre corridas diretas padrão e missões com objetivos especiais (algumas das quais incluem desafios baseados na NASCAR e campeonato mundial de rally). Existem treinos chamados License Tests para te ajudar a melhorar suas habilidades, além de outras opções como voltas por tempo, livres e até mesmo um modo Drift.

“GT5” também traz um modo Photo (em que você pode tirar fotos de carros dos jogos com fundos lindamente renderizados e exportá-los como arquivos JPEG), um novo editor de pistas onde você pode construir seus próprios circuitos (bem legal , na verdade), um modo Replay Theatre e um modo Arcade que oferece uma experiência mais direta e acessível para quem não quiser lidar com as complexidade de GT . O jogo também traz um modo Online Racing muito bem desenvolvido, que é um dos recursos mais significativos da série “Gran Turismo” nesta geração.

A jogabilidade funciona de uma dessas maneiras: ou você fica atrás do volante e dirige no modo A-Spec, ou cria um motorista I.A. (inteligência artificial) e deixa-o dirigir um carro para você no modo B-Spec. Esse é mais um modo de gerenciamento em que você passa instruções para seu motorista durante a corrida e ajuda-o a “aprender” a dirigir melhor. Tanto o A-Specs quanto o B-Specs possuem uma lista idêntica de corridas, e você pode ganhar dinheiro e carros como prêmios em ambos, mas eles são distintos: vencer uma corrida em um modo não significa que você terá crédito no outro. Ter sucesso nas corridas te dá carros, dinheiro e – uma novidade de “GT5” – experiência.

Quanto melhor for seu desempenho, mais experiência você ganha. E quanto mais experiente, mais alto o seu nível no jogo. Grande parte do conteúdo do game – incluindo os carros – são “travados” pelos níveis, por isso é preciso subir para ter acesso a eles. É uma ótima ideia que adiciona um novo elemento à estrutura de outra forma tradicional de “Gran Turismo”.


Após adiamentos, "GT5" chega às lojas brasileiras no próximo dia 7/12

E voltamos a questão principal. Como é o jogo?

Bom, em seu “coração”, “GT5” é a série de corrida que conhecemos e amamos. Ele segue a mesma fórmula testada e aprovada de seus antecessores. Ao jogar o novo título, percebo que estou praticamente jogando o mesmo game que joguei antes. Claro, os gráficos são melhores, o áudio também, além da palpabilidade geral do jogo. Mas ainda assim, jogo da mesma maneira que antes.
Então comecei a observar os outros carros, e parece que eu não sou o único a fazer a mesma coisa de antes: a I.A. se comporta de maneira parecida com o que me lembro dos títulos anteriores da série. Os oponentes parecem estar andando em círculos, chegando ao ponto de algumas vezes me tirarem do caminho para ficar em suas rotas pré-determinadas. Isso aconteceu muitas vezes, e honestamente é algo irritante.

Também percebi que os carros normalmente se comportam de forma previsível – fazendo a mesma coisa, volta após volta. Claro, eu entendo que correr consiste em encontrar a melhor rota e ser consistente, mas, ao mesmo tempo, essa consistência cria uma situação em que as corridas podem ser vencidas simplesmente ao se aprender em quais curvas ou cantos a I.A. dos rivais erra a cada volta. Lógico que essa é uma observação sutil, mas tira a ideia de parecer que você está realmente correndo, especialmente em disputas muito próximas, e reduz o jogo ao simples reconhecimento de padrões.

E nesse sentido, volto à minha ideia original – isso parece com os títulos anteriores da série. Não sei quanto tempo a desenvolvedora Polyphony passou melhorando a I.A. dos jogos anteriores da série, mas tenha sido muito ou pouco tempo, o resultado final não parece muito diferente dos games anteriores. E considerando a importância desse recurso e a quantidade de tempo que a empresa teve para desenvolver o jogo, não deixa de ser algo desapontador.


Novo game tem preço sugerido de 199 reais no País, segundo a Sony

Outra área que causou um pouco de decepção é a parte visual de “GT5”. Na maior parte do tempo os gráficos do jogo são impressionantes, mas em algumas áreas eles deixam a desejar. Algumas vezes as sombras são falhas e não aparecem da maneira correta. Os gráficos do público são decentes a partir de uma determinada distância, mas às vezes, quando ele está muito próximo da pista, parecem algo saído de um game para PS2. A maioria dos circuitos são lindos, mas ocasionalmente algumas áreas não parecem tão bem acabadas – um pouco artificiais demais. Como já disse, a maioria das coisas possuem um visual impressionante, mas não é algo consistente. E essa falta de consistência também fica evidente nos modelos de carros.

“GT5” traz uma seleção incrível de veículos, que são divididos em duas categorias: Premium e Standard. Os carros da primeira categoria são renderizados em ótima definição e possuem um visual impressionante. Mas a maior parte dos automóveis são da seção Standard, e sua qualdiade varia de “ótimos” para “muito fracos”. Alguns deles parecem quase com versões do PS2. Algumas vezes menos é mais.

Falando nisso, um menor tempo de carregamento das telas tornaria o jogo mais interessante e divertido. Minha maior reclamação sobre “GT5” é sua apresentação e usabilidade geral: é desajeitada e parece que seu desenvolvimento não foi muito bem pensado. Em primeiro lugar, é lento. Se você não possui 8GB de espaço para pré-instalar os dados do game, terá uma experiência horrível. Não parece muito ter que esperar até 30 segundos pelo carregamento de determinados circuitos, mas quando isso acontece com você a cada corrida e pista e quando todos os menus parecem levar alguns segundos para aparecer isso cria uma grande quantidade de tempo em que o jogador fica basicamente olhando para a barra de progresso.

Mesmo se você puder esquecer essa lentidão, algumas das telas de menu e apresentação geral não parecem ter sido muito bem-pensadas. Navegar pelo jogo é algo geralmente lento e repetitivo.
Pode parecer que não gostei do game, mas não é nada disso. A verdade é que amei o jogo, mas preciso apontar que, apesar de na maior parte do tempo “GT5” entregar uma ótima e única experiência do mais alto nível, o game também possui pontos fracos, sobre os quais é importante falar.

Sobre os acertos do jogo, alguns dos novos desafios de “Gran Turismo 5” são realmente divertidos e interessantes. Em seu melhor nível, os gráficos e visuais do jogo são absolutamente impressionantes, especialmente alguns dos novos detalhes, como o clima, atmosfera e efeitos de iluminação.

E o recurso que mais se destaca em “GT5” – o modo Online – irá sem dúvidas estabelecer uma comunidade praticamente permanente de gamers online. Com opções para os usuários criarem suas próprias áreas de corrida em que podem realizar suas corridas baseadas em suas preferências, e com uma grande quantidade de opções de personalização, penso que o Online Mode dá ao jogo a mesma vontade de continuar jogando de um MMO (massively multiplayer online). E isso é um dos principais fatores que tornam esse título praticamente essencial para os fãs mais hardcore de games de corrida.
E quero dizer realmente jogadores mais aficionados. Uma das coisas que não mencionei antes é que, apesar jogabilidade estar ainda melhor e mais realista, esse realismo também torna o título bastante desafiador. Quando você começa a correr com carros mais fracos, tudo parece bastante direto e não particularmente difícil. Mas à medida que você começa a usar veículos mais poderosos, a margem de erro cai significativamente, a um ponto em que se você calcular mal uma curva e acelerar cedo demais, frear excessivamente, ou algo do tipo, poderá facilmente perder controle da direção e bater o veículo. Por causa disso, algumas vezes “GT5” pode ser muito imperdoável – mais ainda se você estiver usando um joypad, e menos com um volante, que te dá controles muito mais precisos do carro.
Felizmente, o jogo possui uma variedade de opções de assistência de direção que pode ajudar os jogadores a manterem seus carros no caminho certo. Mas mesmo com esse auxílio, os desafios de nível mais alto de “GT5” ainda são complicados. Apesar de muitos fãs da série gostarem desse tipo de desafio de direção, isso acaba estabelecendo um padrão muito alto do quanto você precisa investir no jogo para tirar o máximo dele. E isso é exatamente o que essas pessoas querem. Mas para quem quer uma experiência de direção mais rapidamente recompensadora e acessível, “Need for Speed: Hot Pursuit” é uma ideia muito melhor.

Vídeo de jogabilidade de "GT5"


Mas “Gran Turismo” sempre foi um verdadeiro jogo de corrida para fãs, e estou muito feliz que essa encarnação tenha se mantido fiel à série. Por último, é muito fácil ver a razão porque “GT5” é assim: a Polyphony Digital foi muito ambiciosa e prometeu um pouco além do que poderiam cumprir. Eles estabeleceram um nível desnecessariamente alto e, ao fazer isso, tornaram o desenvolvimento do game difícil para eles mesmos. Eles exageraram e não conseguiram deixar tudo exatamente perfeito. Não há como negar que o novo game é absolutamente incrível, mas graças a seu imenso tamanho e complexidade, nem todas as suas facetas ficam no mesmo nível, e como resultado o jogo é brilhante, mas imperfeito.

Na maior parte do tempo, o jogo entrega uma experiência “5 estrelas”. Mas não há como evitar em tirar um pouco dessa “nota”, simplesmente em razão de partes em que o jogo não consegue atingir todo o potencial. Mas lá no fundo, eu sei que, apesar de ser o melhor jogo de corrida do mercado, com um pouco mais de foco em algumas áreas chave Gran Turismo 5 poderia ter ficado ainda melhor.

5 comentários:

Anônimo disse...

Gran Turismo é o melhor..Podem dizer que existem jogos melhores e tudo mais,mas quem já virou madrugadas jogando Gran Turismo 1,2,3,4 atrás do Escudo,24 horas de corrida,300 milhas juntando dinheiro suado pra comprar um carro melhor e tudo mais sabe do que eu estou falando é óbvio que enjoa,mas sempre voltamos a jogar depois de um tempo.O GT5,segundo o criador da série,levou 2 anos para reunir todas as idéias para o jogo,ou seja,o jogo foi feito do zero, e realmente deixa a desejar claro que o jogo está "estreando" na plataforma PS3 que possui um processador complicado de se programar (não significa que é ruim) mas com certeza os próximos serão cada vez melhores!!O que vale é a nostalgia do jogo!!
A matéria está ótima principalmente por ressaltar os defeitos pois não existe jogo perfeito!!
Blog excelente!!

douglas gomes disse...

graças a deus
outras desenvolvedoras entraram nessa briga
sempre fui fã incondicional da serie gt
mas gt5 me decepcionou
shift2 faz simplesmente com que voce se sinta dentro de um bolido.
a visão de dentro do capacete é inacreditavel
estar correndo a noite e derrepente só ver poeira ouvir batidas e derrepente se deparar com um carro capotando e passando por cima do seu não tem precedentes.
o sistema de colizão e desgastes de forza3 tambem é muito bom.
agora ter carros estandard e premium e uma ia que chega a irritar é o fim do mundo pra um game que levou anos para ser terminado.
então minha dica é fiquem com shift muito mais emocionante e até belo que gt5
sem mais

Thiago disse...

num eh por nada nao .. mas o jogo .. ja foi lançado !!!

Troglodita disse...

Bobagem.. esse jogo é visualmente legal, mas irritantemente perfeito. Isso tira o elemento diversão. Quem quer corrida de verdade e emoções sem precisar fazer maratonas impossíveis contra adversários perfeitos, deve jogar Dirt 3. Isso sim é corrida!

Anônimo disse...

quem ver essas fotos ai sem ler o texto não diz que é jogo, so com mais observação


meu cada vez mais os jogos de carro estão evoluindo, e tenho certeza que as placas de video tambem, alias, a melhor placa de video com o melhor processador faz rodar esse jogo ai muito bem e com uma certa leveza, parabens para a tecnologia

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More