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sábado, 20 de março de 2010

V10 da Cooler Master


Introdução

Foi testado o  Cooler Master V10, um gigante que além de ser um cooler a ar com 10 heatpipes, também usa um TEC (Thermo-Eletric cooler), também chamado de placa Peltier. Será que essa placa vai realmente fazer a diferença em termos de refrigeração? Veja a resposta ao longo desse teste.

O Design do V10 é realmente muito diferente de qualquer coisa que já vimos antes. Vendo-o da primeira vez, fica até difícil ter uma idéia de como ele é realmente, pois ele não se parece com nenhum outro cooler. Vamos dissecá-lo para entender sua anatomia.
Sua caixa é grande, firme e chamativa, com um belo visual preto e vermelho, com o logotipo do modelo e um anúncio de compatibilidade com o soquete 1366.



Figura 1: Embalagem.

O V10 vem bem preso dentro de espuma. Na verdade preso até demais, é difícil de retirá-lo da caixa.





Figura 2: O V10 dentro da caixa.

Dentro da caixa encontramos o cooler propriamente dito, manuais, ferragens para fixação e uma amostra de pasta térmica da cooler Master ThermalFusion 400.


Figura 3: Conteúdo da embalagem.

Como dissemos, à primeira vista fica até difícil de entender como ele se posiciona sobre o processador. Parace que em nenhuma posição ele vai se encaixar direito sobre a placa-mãe, principalmente dentro de um gabinete.

Sua base é bem polida, em cobre anodizado.

Retirando a grande cobertura plástica preta que cobre o cooler inteiro podemos ter uma idéia melhor de como ele é. Há três dissipadores com aletas de alumínio ligados à base por heatpipes, sendo dois na vertical e um “deitado”, refrigerados por duas ventoinhas de 120 mm. Esse radiador horizontal fica posicionado sobre a região da placa-mãe onde ficam as memórias ajudando, portanto, a refrigerá-las.



Figura 6: Visão geral do cooler  sem a sua cobertura.

As duas ventoinhas de 120 mm são ligadas no mesmo fio, e têm sua rotação controlada pela placa-mãe, por meio de um conector miniatura de quatro pinos. Elas são ventoinhas de plástico preto semitransparente e dotadas de LEDs vermelhos, tendo rotação nominal entre 800 RPM e 2400 RPM.

Um detalhe interessante é que elas não são presas ao dissipador, sendo na verdade parafusadas à cobertura do cooler. Não há, porém, nenhum tipo de mecanismo que impeça que a vibração das ventoinhas seja repassada aos dissipadores de calor.

O dissipador que fica sobre as memórias é ligado à base por quatro heatpipes. Já o dissipador vertical que fica próximo a ele usa apenas dois heatpipes.

Apesar do tamanho, da presença de duas ventoinhas e três dissipadores, o verdadeiro diferencial desse cooler é realmente a presença da placa TEC (Thermo-eletric cooler), também conhecida por placa Peltier, por funcionar baseada no efeito Peltier, onde um dispositivo semicondutor funciona como uma máquina termodinâmica “bombeando” calor de uma fonte fria para uma fonte quente. Dessa forma, esse cooler não funciona apenas como um dissipador de calor como os outros coolers “comuns”, mas funciona verdadeiramente refrigerando o processador.

Essa placa, porém, tem algumas desvantagens: a primeira é o custo, que se reflete no alto preço do V10. A segunda é o fato de que uma placa Peltier consome energia para funcionar, e não é pouca: esse cooler chega a “roubar” até 70 W de sua fonte de alimentação. A terceira é o fato de que, quando ela está em pleno funcionamento e sua placa fria atinge temperaturas muito baixas, pode causar condensação da umidade do ar, gerando gotas d’água da mesma forma que um copo cheio de água gelada “cria” gotas d’água ao seu redor.

A cooler Master, porém, conseguiu resolver esse dois últimos problemas de uma forma interessante: um circuito controlador que dosa a tensão entregue à placa TEC de acordo com a temperatura da base do cooler. Se essa base estiver a menos de 20 oC, a placa simplesmente está desligada. Acima disso, a tensão entregue a ela vai aumentando até chegar ao máximo (12 V, consumindo 70 W) numa temperatura de 70 oC. Esse circuito controlador está dentro da caixinha preta que você vê acima da base na Figura 10. A placa TEC em si fica do lado da base, com seu lado frio ligado a ela por quatro heatpipes, enquanto sua face quente é ligada a um dissipador por meio de dois heatpipes em forma de “U”. Dessa forma, o terceiro dissipador não refrigera o processador, mas sim a placa TEC.



Figura 5: Placa TEC e seu controlador.

Instalação

O V10 vem com três conjuntos de clipes de fixação: um para processadores AMD, outro para processadores Intel soquete 775 e um terceiro para o soquete 1366. Todos eles possuem uma parte que é parafusada ao próprio cooler e uma armação de metal que fica por baixo da placa-mãe.

Esse sistema tem a vantagem de ser muito firme e não forçar a placa-mãe, mas tem a desvantagem de exigir que você retire a placa-mãe de dentro do gabinete para instalar o cooler, caso seu gabinete não possua uma ranhura na bandeja da placa-mãe na região do processador.

Trata-se realmente de um gigante. Nosso maior medo, porém, não se confirmou: achávamos que ele não iria  ser compatível com nossos módulos de memória, que têm dissipadores de calor bem altos, mas coube tranquilamente.


Figura 6: Instalado na placa-mãe.

Instalar a placa-mãe de volta ao gabinete, porém, foi uma tarefa bastante trabalhosa. Como o cooler tapa praticamente metade da placa-mãe, colocar os parafusos que ficam sob ele é bastante complicado. Conectar os cabos de força da placa-mãe também muito difícil.

O visual do V10 ligado,  suas ventoinhas brilham com LEDs vermelhos, que o deixa com aspecto semelhante à própria caixa do cooler.

Nossos Testes

Nas tabelas abaixo você pode ver os resultados das medições. Fizemos o mesmo teste no cooler padrão Intel, no BigTyp 14Pro com a ventoinha na rotação mínima, no BigTyp 14Pro em máxima rotação, no Akasa Nero e no Cooler Master V10. Cada medida foi repetida com o processador ocioso e em plena carga. Tenha em mente que, exceto no BigTyp 14 Pro, a placa-mãe controla a rotação da ventoinha de acordo com o nível de carga e com a temperatura do núcleo.


Conclusões

O Cooler Master V10 é um cooler que faz parte de uma categoria à parte. Não é justo compará-lo de igual para igual com simples coolers a ar, pois a presença de uma placa TEC lhe dá uma grande vantagem. Porém, não é à toa que o fabricante o classifica como um cooler híbrido: o TEC não é usado a plena potência o tempo todo, mas apenas quando exigido, e na potência necessária. Assim, quando o processador está ocioso, ele trabalha consumindo pouca energia da fonte, sem gerar condensação e com as ventoinhas em baixa velocidade. Quanto exigido, porém, arregaça as mangas e é capaz de lidar com qualquer processador, por mais “esquentadinho” que seja. A Cooler Master informa que ele é capaz de lidar com processadores de TDP até 200 W ou mais.

Comparado aos coolers que já testaram até agora, ele deu um banho, mantendo o núcleo de nosso processador em torno de 12 oC mais frio do que o melhor resultado que tínhamos conseguido até agora. Seu nível de ruído é quase inaudível quando o processador está ocioso e quando em plena carga é mais alto, mas ainda dentro do limite do confortável.

O V10, porém, é um cooler para poucos. Primeiramente por seu alto preço, mais do que o dobro ou mesmo o triplo de muitos coolers de alta qualidade. Segundo porque ele não vai usar seu potencial com um processador de baixo TDP, pois nesse caso ele praticamente não vai utilizar o TEC. Além disso, ele é um cooler grande demais, atrapalhando o manuseio dos demais componentes dentro do gabinete. Praticidade não é o seu ponto forte.

Mas, se você tem um processador que gera muito calor e ainda assim quer conseguir o maior overclock possível com ele sem fritá-lo, tem um gabinete espaçoso, uma fonte de alimentação com potência sobrando, uma carteira recheada, e está procurando o melhor cooler a ar que puder achar, o V10 é o cooler para você.

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